Imagino que ao estar lendo isso provavelmente você esteja interessado em dar início ao seu processo terapêutico. Imagino que possivelmente se encontre em um período difícil, talvez passando por um sofrimento psicológico grande, possivelmente se sentindo ansioso, deprimido de alguma forma ou talvez esteja em um processo de tomada de consciência em relação a coisas que gostaria de mudar sobre sua vida ou sobre si mesmo.

Imagino também que já tenha pensado em realizar terapia outras vezes, possivelmente até já tenha entrado em contato com outros profissionais ou realizado primeiras consultas, mas por algum motivo acabou não dando continuidade.

Existem infinitas explicações coerentes para isso. Porém algumas vezes pode se tratar de uma resistência, uma parte de nós que deseja permanecer no conforto e no sofrimento de não mudar.

A resistência é um processo natural, porém vale ressaltar que o movimento inicial de assumir para si que é preciso buscar alguma mudança, de acreditar que seja possível viver de uma forma mais significativa e com menos sofrimento, é o primeiro passo de uma escalada para uma vida com mais sentido, presença e consciência. Talvez por ser o primeiro passo, esteja parecendo um grande salto. Mas, se leu até aqui, de certa forma já esta o dando.

Uma metáfora interessante para se pensar no processo de psicoterapia junguiana é a de uma viagem de navio na imensidão do oceano, o cliente como capitão, aquele que decide destino, velocidade e quando parar. O terapeuta como o marujo que acompanha a jornada. Juntos visitam lugares inóspitos, enfrentam mares revoltos, grandes calmarias, encontram criaturas belas e também as assustadoras. E após cada dia de viagem, a infinidade do mar se torna minimamente mais conhecida.

Te aguardo para iniciarmos sua jornada na imensidão da existência.